Osteopatas, quiropráticos, fisioterapeutas e massoterapeutas passaram por um treinamento especializado para desenvolver um conjunto de habilidades e técnicas manuais para avaliar e tratar pacientes com distúrbios da coluna.
Com efeito, esses profissionais utilizam a força dirigida de suas mãos e corpos para transmitir forças sobre os tecidos moles, elementos ósseos e articulações dos pacientes. Isso não só alivia a tensão nos tecidos como também é um meio de impactar favoravelmente o sistema musculoesquelético. Só para exemplificar, podem-se aplicar técnicas de mobilização, manipulação, palpação e tração.
Essas técnicas podem envolver uma variedade de posições, esforços passivos ou assistenciais, além de forças intencionais. A determinação dessas técnicas se dá conforme o estágio de cicatrização tecidual, restrição de movimento associada e respostas biomecânicas e vasculares apresentadas.
Normalmente equipamentos não são necessários, apesar do posicionamento ideal e da estabilização para obter alavancagem. Esta é verdadeiramente uma abordagem manual.
Resultados: Evidências científicas*
Uma revisão sistemática1 de 46 estudos constatou que 33-60% dos pacientes que receberam tratamento de manipulação da coluna relataram efeitos adversos de curto prazo, como aumento da dor, irradiação da dor, dores de cabeça, vertigem e até perda de consciência. Por outro lado, reconheceu que complicações sérias ocorrem, embora tenha sido incapaz de estimar com segurança sua incidência.
Sob o mesmo ponto de vista, outra revisão sistemática2 abordou principalmente a manipulação e massagem terapêutica para lombalgia e cervicalgia. Como conclusão, ambas são eficazes em algumas circunstâncias, mas certamente não de maneira significativa. Além disso, geralmente não são superioress a outras terapias. Por exemplo, os autores escrevem que a manipulação é eficaz, mas “similar em efeito a outras terapias eficazes comumente usadas, como cuidados habituais, exercícios físicos ou reeducação (back school)”.
- Gouveia LO, Castanho P, Ferreira JJ. Safety of chiropractic interventions: a systematic review. Spine 34(11) E405-13. 2009.
- Bronfort G, Haas M, Evans R, Leininger B, Triano J. Effectiveness of manual therapies: the UK evidence report. Chiropr Osteopat. 2010; 18: 3.
* Conteúdo autoral Dr Jonas Lenzi
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