Sabe para que serve a discectomia? Primeiramente devemos entender o que é a hérnia de disco. Em seguida, ficará mais fácil entender o papel da discectomia, a remoção da hérnia de disco.
Quando a parede externa de um disco fica enfraquecida, ela pode romper, por fim permitindo que a parte interna do disco migre para fora. Isso é chamado de hérnia de disco. Uma vez que o material do disco tenha migrado, ele pode comprimir ou até mesmo danificar o tecido nervoso. Consequentemente, pode causar fraqueza, formigamento e dor lombar ou dor irradiada a uma ou ambas as pernas.
Discectomia aberta é a cirurgia mais comum para remover parte do disco danificado e, assim, aliviar a pressão sobre o tecido nervoso. A cirurgia envolve uma pequena incisão na pele, remoção de pequena porção de ligamento e osso para acessar o canal vertebral e, finalmente, identificar o disco migrado para remove-lo.
A discectomia aberta foi realizada e melhorada ao longo dos últimos 60 anos. Com o tempo, ferramentas diagnósticas – RNM e TC – e o próprio procedimento foram aperfeiçoados, permitindo que os médicos entendessem melhor quais pacientes obteriam os melhores resultados com a cirurgia.
Quem é um candidato à Discectomia Aberta?
Nem todos os pacientes com hérnia de disco são candidatos ao procedimento de discectomia aberta. A maioria das pessoas encontra alívio da dor com tratamentos não cirúrgicos, como fisioterapia, medicamentos e infiltrações. No entanto, às vezes a dor não responde a essas terapias e pode exigir uma intervenção mais agressiva.
Se a dor nas costas e nas pernas não responder ao tratamento não cirúrgico e continuar por mais de 4 a 6 semanas, seu médico pode solicitar exames diagnósticos, como RX, TC e RNM, para verificar a origem da dor. Se um diagnóstico de hérnia de disco for confirmado, a discectomia aberta pode ser recomendada.
Atualmente, a cirurgia da coluna está passando por uma revolução. As discectomias podem agora ser realizadas por vídeo, as discectomias endoscópicas. Nesta técnica, uma incisão de cerca de 1 cm é realizada para a passagem da câmera de vídeo e do instrumental, até permitindo realiza-la apenas com anestesia local. No entanto, a discectomia aberta ainda é considerada o “padrão ouro” para tratamento cirúrgico de hérnia de disco. A discectomia aberta permite ao cirurgião a maior capacidade de ver e explorar o local da cirurgia.
O procedimento
A discectomia aberta é geralmente realizada sob anestesia geral e requer internação hospitalar de um dia. É realizado enquanto o paciente está deitado de bruços. Durante o procedimento, o cirurgião fará uma incisão na pele de 3 a 5 cm sobre a área afetada. O tecido muscular é desinserido do osso acima e abaixo do disco afetado. Em seguida, retratores mantêm o músculo e a pele afastados para que o cirurgião tenha uma visão clara das vértebras e do disco. Em alguns casos, pequenas porções de ossos e ligamentos podem ser removidos para que o cirurgião possa visualizar e, em seguida, obter acesso ao disco sem danificar o tecido nervoso. Isso é chamado de laminectomia ou laminotomia, dependendo de quanto osso é removido.
Uma vez que o cirurgião tenha acesso ao canal vertebral e consiga identificar o abaulamento do disco ou o fragmento migrado, ele removerá tudo que for necessário para deixar os nervos livres novamente. Nenhum material é usado para substituir o tecido do disco que for removido. A incisão é então fechada com suturas e o paciente é levado para uma sala de recuperação.
Após o procedimento
Imediatamente após a cirurgia, pode-se sentir dor no local da incisão, bem como apenas alívio parcial da dor original. Analgésicos são prescritos no período pós-operatório imediato. Você será instruído em técnicas de respiração profunda e encorajado a tossir, a fim de melhorar a função pulmonar. Recomenda-se que, com supervisão, você comece a andar assim que estiver totalmente recuperado da anestesia. Isso ajudará na sua recuperação.
Antes de receber alta do hospital, um fisioterapeuta pode o ajudar a se sentir confortável com atividades como se levantar da cama, caminhar, subir escadas, se sentar e realizar movimentos de vida diária. Depois de receber alta do hospital, seu médico normalmente o encaminhará à fisioterapia para sua reabilitação.
Em casa, você pode ter algumas restrições menores, como não ficar sentado por longos períodos de tempo, levantar objetos acima de cinco quilos e dobrar o tronco excessivamente durante as primeiras quatro semanas após a cirurgia. Além disso, você não deve tentar dirigir um automóvel até que seja autorizado pelo seu médico.
Caminhar é a primeira atividade física que você pode tentar. Na verdade, ela é amplamente encorajada. Permite manter a mobilidade na coluna, bem como diminuir o risco de formação de tecido cicatricial na cirurgia. Em algumas semanas, você poderá andar de bicicleta ou nadar. A fisioterapia formal pode maximizar sua recuperação.
O períiodo total de afastamento depende da complexidade e do grau de exigência de seu trabalho. Atividades em home office até poderiam ser realizadas a partir do dia seguinte. Cargos e funções fisicamente mais exigentes e que usem máquinas pesadas ou máquinas com intensa vibração podem precisar esperar pelo menos seis a oito semanas após a cirurgia para voltar ao trabalho. Mais uma vez, a fisioterapia tem um papel importante na sua recuperação.
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